Quem foram os Sicários?

Os sicários receberam esse nome por causa dos punhais parecidos com as cimitarras dos persas em tamanho. Estas, por sua vez, eram mais curvas e mais semelhantes às armas chamadas sicae pelos romanos.

Os sicários eram egressos do campo, vivendo na cidade aproveitavam as ocasiões festivas para, disfarçados na multidão, assassinar pessoas com os punhais que portavam, por exemplo.

Cultura e história judaica

Na cultura e história judaica, “Sicários são a denominação dada ao movimento revolucionário rural da Judéia, que foi dirigido na forma de califado, por Judas, o Galileu, e seus sucessores”.

Esse movimento entrava em confronto na cidade com os zelotas, partido sacerdotal.

Não chega a distinguir-se acentuadamente da maioria dos movimentos radicais sociais da época, agiam na cidade, no templo e ignoravam qualquer valor simbólico.

A diferença considerável é que não saqueavam pessoas e prédios comercias ricos. Além disso, praticavam o assassinato político clandestino.

A tática dos sicários

A tática dos sicários, movimento que teve seu aparecimento cinquenta anos depois da Quarta Filosofia, tinha consideráveis distinções.

Os pesados tributos herodianos, servia para a construção de palácios, aterros, cidades, intrometidos na esfera sacerdotal, apropriação de áreas de posseiros inadimplentes; e a violência de Cumano contra os desagregados sociais.

Seu líder mais destacado à época da revolta contra Roma (66-72 dC), dentre os mestres, era Manaém. 

Primeira guerra romano-judaica

No começo da Primeira guerra romano-judaica, os sicários e, possivelmente, os ajudantes zelotes (Josefo distingue os dois grupos, mas não explica as diferenças entre eles) conseguiram invadir Jerusalém e cometeram uma série de atrocidades para forçar uma guerra.

Segundo um relato presente no Talmude, eles destruíram as reservas de comida da cidade para que a população fosse forçada a lutar contra um provável cerco romano ao invés de negociar uma paz.

Seus líderes, incluindo Menahem ben Judá e Eleazar ben Ya’ir, foram importantes figuras durante a guerra e o grupo lutou muitas batalhas contra os romanos como soldados.

A Fortaleza de Massada

Juntamente com um pequeno grupo de seguidores, Menahem conseguiu chegar até a fortaleza de Massada e massacrou a guarnição romana de quase 700 soldados que lá estava.

O grupo se apoderou também da Fortaleza Antônia, subjugando as tropas de Herodes Agripa II.

Menahem treinou os sicários na condução de diversas operações de guerrilha e realizou ataques a comboios e legiões romanas por toda a Judeia.

Josefo escreveu que os sicários atacaram as vilas judaicas vizinhas, incluindo Ein Gedi, onde massacraram 700 mulheres e crianças.

Os sicários podiam ser subornados para poupar suas vítimas. Consequentemente, conseguiam dinheiro para promover o seu movimento, como resultado.

Flávio Josefo certa vez, depois de sequestrarem o secretário de Eleazar, o governador dos recintos do Templo, os sicários concordaram em soltá-lo em troca da libertação de dez de seus companheiros que estavam presos.

Vítimas dos sicários

Vítimas dos sicários incluem Jonatã, o Sumo-sacerdote, embora seja possível que seu assassinato tenha sido orquestrado pelo governador romano Antônio Félix.

Alguns assassinatos foram seguidos de severas retaliações pelos romanos sobre toda a população judaica de forma indiscriminada.

Com o tempo, o termo sicário passou também a designar assassinos contratados, numa referência às pessoas que matam em troca de dinheiro ou mesmo de promessas de grande recompensas.

Hoje esta palavra é empregada para designar o homicida, voluntário ou involuntário.

Mais recentemente, porém, o termo começou também a significar, em sentido estrito, mas não exclusivo, os grupos fundamentalistas que, atualmente, levam a cabo atentados terroristas.

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