Deus é Amor, mas também é fogo consumidor!
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Em que situação Deus é amor, mas também é fogo consumidor?
Deus é amor? Sim! Mas também é fogo consumidor. O que isso significa? Será que temos entendido verdadeiramente as escrituras? O que elas realmente atestam sobre o caráter e o proceder de Deus?
“Portanto, já que estamos herdando um Reino inabalável, sejamos agradecidos e, desse modo, adoremos a Deus, com uma atitude aceitável, com toda a reverência e temor, porque o nosso “Deus é fogo consumidor!” – (Carta aos Hebreus ou Carta aos Judeus Messiânicos, porque a carta foi endereçada à larga comunidade de israelitas que criam em Yeshua/Jesus como seu Messias).
Hebreus 12:28-29 nos exorta a andarmos como herdeiros do Reino inabalável, com uma gratidão que se manifesta em adorar a Deus em verdade, com proceder aceito por Deus, como reverência e temor.
Muitos tem crido em uma graça que nos transforma em “filhinhos de papai”, graça essa que nos adula quando cometemos pecados, que faz de nós humanos especiais, inatingíveis. Desde os tempos antigos, os apóstolos já exortavam o povo crente com relação a vida e proceder santos, dignos diante de Deus.
Na Carta aos Coríntios (uma comunidade de gregos convertidos na Grécia onde também congregavam muitos judeus crentes que ali viviam) Paulo exorta seriamente um homem em fornicação, um texto que quase não vemos ser lido em pregações ou escolas bíblicas.
No capítulo 5, vemos que a fornicação era gravíssima, pois ele tinha relações com a mulher de seu pai. Paulo diz que a igreja sabia o que acontecia, mas estavam ensoberbecidos, não sentiram tristeza, por não ser expulso da congregação aquele indivíduo..
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Duas questões podemos perceber quando se diz que Deus é amor, mas também é fogo consumidor: A gravidade do pecado e o acobertamento do pecado por parte da igreja.
Mas como aqueles gregos sabiam que fornicação e ter relações com a mulher do pai é pecado, se as cartas que temos hoje ainda não haviam sido escritas? Por que esse pecador deveria ter sido expulso do meio da congregação? Quantos membros temos visto serem excluídos de congregações atualmente? Por quais motivos?
Em Atos 15, na cidade de Jerusalém, fica determinado pelos Apóstolos: “Mas escrever-lhes que se abstenham das contaminações dos ídolos, da fornicação, do que é sufocado e do sangue.
O texto diz ainda que “Porque Moisés, desde os tempos antigos, tem em cada cidade quem o pregue, e cada sábado é lido nas sinagogas.”
Em outras palavras, o texto é uma instrução para que se transmita a todos os princípios fundamentais para manter um relacionamento pessoal que honre, exalte e demonstre nossa gratidão e amor a Deus.
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Deus chama o povo a andar com Ele.
Dentre as muitas prescrições, fiquemos com o verso 6 que diz: “Nenhum homem se chegará a qualquer parenta da sua carne, para descobrir a sua nudez. Eu sou o Senhor.” Ele continua descrevendo no verso 8 – “Não descobrirás a nudez da mulher de teu pai; é nudez de teu pai.” Reparou porque o pecado é gravíssimo? A nudez da mulher de teu pai é a nudez de teu pai, porque teu pai e a mulher dele são uma só carne!
Após enumerar uma variedade de pecados do mesmo tipo, ele diz sobre tudo isso:
“Porém, qualquer que fizer alguma destas abominações, sim, aqueles que as fizerem serão extirpados do seu povo.” A palavra “extirpados” no texto hebraico é כָּרַת [Transl. Karath; significa: expulsar, cortado da aliança]. Isto significa que a pessoa era expulsa, deixava de fazer parte da aliança, do povo de Israel. A palavra fornicação no hebraico é זְנוּת [Transl. zenuth; significa fornicação, idolatria], interessante notar que é a mesma palavra usada para idolatria.
Vemos que a orientação de Deus já havia sido entregue e, por isso, o Apóstolo os exorta a expulsar o pecador do convívio da congregação.
O próprio Deus assim informou desde o princípio, mas eles não estavam seguindo, nem o pecador, nem a igreja.
Pelo contrário, estavam procedendo exatamente como temos visto atualmente, pessoas em pecado nos ministérios das igrejas tratando a graça de Deus como licença para pecar.
Os homens dão mais valor os próprios homens do que à Palavra de Deus! O Apóstolo Paulo sentencia, como líder, aquele homem:
“Eu, na verdade, ainda que ausente no corpo, mas presente no espírito, já determinei, como se estivesse presente, que o que tal ato praticou, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, juntos vós e o meu espírito, pelo poder de nosso Senhor Jesus Cristo, seja, este tal, entregue a Satanás para destruição da carne, para que o espírito seja salvo no dia do Senhor Jesus.”
Essa declaração do Apóstolo nos chama atenção para a necessidade não só de santificação do nosso espírito, mas também da carne, uma vez que, em seu entendimento, Deus é amor e, em nós, habita o seu espírito.
E se em nós habita o Espírito de Deus, não podemos entristecer aquele que nos ajuda e geme por nós, aquele que nos ajuda a orar.
Paulo reforça a necessidade de tirar do meio da congregação aquele que comete iniquidade: “um pouco de fermento faz levedar toda a massa?”
A bíblia, em 1 Coríntios 5:6, menciona ainda: “Tirai, pois, dentre vós a esse iníquo”.
Se todos nós déssemos ouvido a estas palavras e fizéssemos conforme está escrito, nossas igrejas não estariam tão carregadas de pecados. Deus é amor, mas também é fogo consumidor!
Conclusão
Bíblia é clara em afirmar que Deus é amor. Desde Gênesis até Apocalipse, vemos o amor de Deus demonstrado de diversas maneiras. Em João 3:16, encontramos a afirmação de que “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu único filho, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O amor de Deus é incondicional, é demonstrado em seu cuidado e provisão para a humanidade e é revelado em todas as suas ações.
No entanto, a Bíblia não diz apenas que Deus é amor, mas também apresenta outra faceta de Deus: ele é um fogo consumidor. Esse tema é frequentemente associado à justiça divina e à punição pelos pecados da humanidade. Em Hebreus 12:29, é dito que “o nosso Deus é um fogo consumidor”. Em Deuteronômio 4:24, Moisés alerta o povo de Israel: “Porque o Senhor, o seu Deus, é fogo consumidor, Deus zeloso”. Em ambos os casos, é enfatizada a ideia de que Deus não tolera o pecado e a desobediência.
No entanto, é importante destacar que a justiça de Deus não é contraditória com o seu amor. O amor de Deus não o impede de punir o pecado, mas, ao contrário, é o amor que o leva a fazer justiça. É a sua santidade e justiça que exigem a punição do pecado, mas é o seu amor que proporciona um caminho para a salvação. Em Romanos 5:8, lemos: “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores”.
Portanto, podemos afirmar que Deus é amor, mas também é um fogo consumidor. O amor de Deus é a sua essência, mas sua justiça exige a punição do pecado. Ao mesmo tempo, o amor de Deus é o que nos proporciona uma maneira de escapar dessa punição e alcançar a salvação. Podemos confiar em Deus sabendo que, embora ele não tolere o pecado, ele é amoroso e justo em todas as suas ações.
E você, o que entende sobre “Deus é amor, mas também é fogo consumidor?”
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