Neste artigo estaremos fazendo uma Breve visão sobre o dízimo, abordando também sobre as ofertas e primícias.

Existem várias problemáticas relacionadas ao dízimo, como se devemos dar ou não, se dízimos é para os judeus ou gentios, etc.

Esse é o primeiro estudo de uma que faremos aqui no blog. Não esqueça de ver os estudos relacionados – pois todos tratam do mesmo assunto.

O QUE SIGNIFICA O DÍZIMO – O QUE É DÍZIMO EM HEBRAICO

Dízimo significa literalmente “décima parte“. Os judeus davam a décima parte de seu rendimento para Deus, seja em dinheiro ou frutos.

Como se você ganhasse 1000,00 reais – ai você daria 100 reais em dízimo.

Existem várias palavras para falar sobre o dízimo, uma delas é מַעֲשֵׂר (Maaser) que está em Gênesis 14:20.

Na bíblia algumas vezes a palavra “dízimo” é זֶרַע (Zera) que significa semente, grãos. É isso que você precisa entender. o tradutor colocou várias palavras como “dízimo”.

Já a palavra dízimo em grego é “dekate” e a tradução é “um ´decimo”. Por isso entregamos a décima parte dos rendimentos (no caso, os 10%).

Agora que sabemos o que significa a palavra dízimo tanto em hebraico como grego, fica mais fácil compreender o assunto.

O QUE ERA O DÍZIMO NOS TEMPOS BÍBLICOS

Nos tempos bíblicos, principalmente no antigo testamento, as pessoas viviam praticamente de agricultura.

As transações eram feitas por trocas de produtos, por exemplo: Você tinha algo que me interessava e eu tinha algo que te interessava também, ai a gente trocava os produtos, era basicamente assim as transações da época, com base em trocas.

Por isso os dízimos eram dados em produtos agrícolas, como: ovelhas, farinhas e azeite (2 Crônicas 31:5). Em geral, quem não podia transportar os produtos para o templo podia vendê-los e entregar o dinheiro. Espero que você tenha entendido.

imagem do blog sobre o dízimo

A Honra segundo a LEI e segundo a GRAÇA – A liberdade que temos em Cristo!

“Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão fartamente os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares.” (Pv 3.9,10)

Ao mencionar a necessidade de darmos honra ao Senhor em nossas finanças, a Palavra do Senhor fala sobre os nossos bens e também sobre as primícias da nossa renda.

Não se trata apenas de honrá-lo com os nossos bens, nem tampouco de honrá-lo apenas com a nossa renda, e sim com as primícias desta renda.

O sentido bíblico mais comum da palavra primícia nos é revelada em Êxodo 23. 19: “As primícias dos frutos da tua terra trarás à Casa do SENHOR, teu Deus.”

No Antigo Testamento havia ordem de Deus para que o povo dedicasse os primeiros (e melhores) frutos de suas colheitas ao Senhor.

Isso era feito quando esses frutos eram colhidos e levados aos sacerdotes como oferta consagrada a Deus no tabernáculo e mais tarde no templo. Era uma oferta de gratidão acima de tudo.

Inclusive, existia uma festa anual que focava bem essa questão das primícias. Era a Festa das Primícias. “Também tereis santa convocação no dia das primícias, quando trouxerdes oferta nova de manjares ao SENHOR, segundo a vossa Festa das Semanas; nenhuma obra servil fareis.” (Nm 28.26)

A INAUGURAÇÃO DA GRAÇA – A MENSAGEM DE JESUS E O DÍZIMO

Mas em vida, Jesus nos falou: ‘‘Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas; não vim revogar, mas cumprir’’ (Mateus 5:17)

Vivemos debaixo da Graça que foi inaugura por Jesus Cristo, por meio de morte na cruz, mas também por sua ressurreição! Na sua morte de cruz Ele disse: Está consumado.

A missão que o Pai o enviou a cumprir, foi cumprido. Isto envolvia ensinar o povo a viver segundo a sua vontade, tanto aquelas estabelecidas pelas Leis: seja cerimoniais e civis; mas também aquelas manifestas pela boca de seus profetas.

Revogar: v.t.d. Rescindir, anular ou retirar o efeito de algo.

Judiciário. Cessar os efeitos de uma lei, de um ato jurídico etc.

Jesus não veio anular, rescindir os efeitos da Lei, mas cumprir e mostrar que era possível vive-la, uma vez que era expressão do Pai, de Deus!

A luz do ensino do Novo Testamento, não se pode afirmar que a entrega das primícias tenha que ser, necessariamente, uma contribuição a mais, além dos dízimos e demais ofertas.

Não se afirma aqui, em hipótese alguma, que a visão de contribuirmos, dando a Deus a primazia, não cumpra a Lei das Primícias.

Além disse, não há nada nas Escrituras que nos impeça de agirmos assim.

Portanto, não há nenhum princípio bíblico que venha a ser quebrado se assim procedermos!

Portanto, com a devida consciência do ensino bíblico que diz: “A fé que tens, tem-na para ti mesmo perante Deus” (Rm 14.22), e sem impor isto como um mandamento ou obrigação sobre outros, pergunto: Por que não entregarmos as nossas primícias como mais uma forma distinta de contribuição?

No Antigo Testamento, os dízimos e as primícias eram duas contribuições bem distintas e complementares.

Os cristãos do Primeiro Século, segundo a Didaquê, entregavam as suas ofertas de primícias (normalmente aos profetas ou líderes cristãos), embora estivessem vivendo sob a Nova Aliança.

Os sacerdotes da Antiga Aliança eram sustentados pelos dízimos, porém eram honrados com as primícias.

O Novo Testamento fala deste sustento dos ministros por meio de salários (2 Co 11.8; 1 Tm 5.17), mas nos instrui a procedermos com outras formas de honra aos que nos ministram a Palavra de Deus (Gl 6.6).

Muitos perguntam onde eles deveriam entregar as suas ofertas de primícias. Sem dúvida, o correto é que o façam no mesmo local onde entregam os seus dízimos: na igreja local onde se congregam.

Neste sentido, alguns dizem que as primícias devem ser entregues ao sacerdote. Isto era um fato na Antiga Aliança, mas, naquela época, os sacerdotes também recebiam diretamente para si os dízimos, porém isto não ocorre no Novo Testamento!

Portanto, é melhor sermos honestos e não “enlatar” a doutrina sem uma clareza bíblica.

Não vemos uma base bíblica para dizermos que as primícias só podem ser entregues aos sacerdotes (os ministros).

Por outro lado, também não há problema algum se isto for feito desta forma. Consequentemente, uma vez que a Bíblia ensina este tipo de honra (embora sem necessariamente relacioná-lo com as primícias). Isto não é querer se utilizar de regras que não são claras no Novo Testamento.

Não confunda o método com a ordem de Jesus para fazer discípulos (Mateus 28.19:20)

Evangelho puro e simples: o envangelho não é para ser pesado.

Não existe mediador entre você e Deus. Jesus é o único mediador.

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O Blog Discipule foi idealizado pelo Pastor Antônio Carlos, com o propósito de inspirar e encorajar seus leitores a crescerem em sua jornada de discipulado e vida cristã, compartilhando estudos, reflexões e recursos que os ajudem a crescer como discípulos de Jesus.

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